O que é Doenças Ortopédicas em Pets
As doenças ortopédicas em pets são condições que afetam os ossos, músculos, ligamentos, tendões e articulações dos animais de estimação, como cães e gatos. Essas doenças podem ser congênitas, ou seja, presentes desde o nascimento, ou adquiridas ao longo da vida devido a fatores como idade, traumas, obesidade, ou predisposição genética. Entre as doenças ortopédicas mais comuns em pets estão a displasia coxofemoral, a luxação patelar, a osteoartrite, e a ruptura do ligamento cruzado cranial.
Displasia Coxofemoral
A displasia coxofemoral é uma doença ortopédica comum em cães, especialmente em raças grandes e gigantes, como o Pastor Alemão, o Labrador Retriever e o Rottweiler. Essa condição é caracterizada pelo desenvolvimento anormal da articulação do quadril, o que leva a uma incongruência entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. A displasia coxofemoral pode causar dor, claudicação e, em casos graves, levar à osteoartrite. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e radiográficos, e o tratamento pode incluir medicamentos, fisioterapia e, em casos mais severos, cirurgia.
Luxação Patelar
A luxação patelar é uma condição ortopédica que afeta principalmente cães de raças pequenas, como o Poodle, o Chihuahua e o Yorkshire Terrier. Essa doença ocorre quando a patela (rótula) se desloca de sua posição normal no sulco troclear do fêmur, causando dor e dificuldade de locomoção. A luxação patelar pode ser classificada em graus, de acordo com a gravidade do deslocamento. O tratamento varia conforme a gravidade, podendo incluir desde o manejo conservador com medicamentos e fisioterapia até intervenções cirúrgicas para reposicionar a patela.
Osteoartrite
A osteoartrite, também conhecida como artrite degenerativa, é uma doença ortopédica crônica que afeta as articulações dos pets, causando dor, inflamação e perda de mobilidade. Essa condição é mais comum em animais idosos, mas pode ocorrer em pets de qualquer idade devido a traumas, displasia coxofemoral, luxação patelar, ou outras condições ortopédicas. O diagnóstico da osteoartrite é feito por meio de exames clínicos e de imagem, como radiografias. O tratamento inclui o uso de medicamentos anti-inflamatórios, suplementos condroprotetores, fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia.
Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial
A ruptura do ligamento cruzado cranial é uma das causas mais comuns de claudicação em cães, especialmente em raças de porte médio a grande. Essa condição ocorre quando o ligamento cruzado cranial, que estabiliza a articulação do joelho, se rompe parcial ou totalmente, causando dor e instabilidade. A ruptura pode ser resultado de um trauma agudo ou de um desgaste gradual do ligamento. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e de imagem, como radiografias e ultrassonografias. O tratamento geralmente envolve cirurgia para reparar ou substituir o ligamento rompido, seguido de fisioterapia para recuperação.
Osteocondrite Dissecante
A osteocondrite dissecante é uma doença ortopédica que afeta a cartilagem das articulações, principalmente em cães jovens de raças grandes e gigantes. Essa condição ocorre quando a cartilagem articular se separa do osso subjacente, formando fragmentos que podem causar dor e inflamação. As articulações mais comumente afetadas são o ombro, o cotovelo, o joelho e o tarso. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e radiográficos, e o tratamento pode incluir manejo conservador com repouso e medicamentos, ou cirurgia para remover os fragmentos de cartilagem soltos.
Displasia de Cotovelo
A displasia de cotovelo é uma condição ortopédica que afeta principalmente cães de raças grandes e gigantes, como o Labrador Retriever, o Golden Retriever e o Pastor Alemão. Essa doença é caracterizada pelo desenvolvimento anormal das estruturas que compõem a articulação do cotovelo, levando a incongruências e desgaste articular. A displasia de cotovelo pode causar dor, claudicação e, eventualmente, osteoartrite. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e de imagem, como radiografias e tomografias. O tratamento pode incluir medicamentos, fisioterapia e, em casos graves, cirurgia.
Panosteíte
A panosteíte é uma doença ortopédica que afeta principalmente cães jovens de raças grandes e gigantes, como o Pastor Alemão, o Golden Retriever e o Rottweiler. Essa condição é caracterizada pela inflamação dos ossos longos, causando dor e claudicação intermitente. A panosteíte é uma doença autolimitante, ou seja, tende a resolver-se espontaneamente com o tempo. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e radiográficos, e o tratamento é geralmente conservador, incluindo o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor.
Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur
A necrose asséptica da cabeça do fêmur, também conhecida como doença de Legg-Calvé-Perthes, é uma condição ortopédica que afeta principalmente cães de raças pequenas e miniaturas, como o Poodle, o Yorkshire Terrier e o Dachshund. Essa doença ocorre quando há uma interrupção do suprimento sanguíneo para a cabeça do fêmur, levando à morte do tecido ósseo e colapso da articulação do quadril. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e radiográficos, e o tratamento pode incluir manejo conservador com medicamentos e fisioterapia, ou cirurgia para remover a cabeça do fêmur afetada.
Discopatia Intervertebral
A discopatia intervertebral é uma doença ortopédica que afeta a coluna vertebral dos pets, especialmente cães de raças predispostas, como o Dachshund, o Beagle e o Shih Tzu. Essa condição ocorre quando os discos intervertebrais, que atuam como amortecedores entre as vértebras, degeneram e se deslocam, comprimindo a medula espinhal e causando dor, fraqueza e, em casos graves, paralisia. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e de imagem, como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas. O tratamento pode variar desde manejo conservador com repouso e medicamentos até cirurgia para descomprimir a medula espinhal.
Espondilose Deformante
A espondilose deformante é uma doença ortopédica que afeta a coluna vertebral dos pets, especialmente cães idosos. Essa condição é caracterizada pela formação de osteófitos (esporões ósseos) nas vértebras, causando rigidez e dor. A espondilose deformante é frequentemente assintomática, mas em alguns casos pode levar a claudicação e dificuldade de movimento. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e radiográficos, e o tratamento é geralmente conservador, incluindo o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além de fisioterapia para melhorar a mobilidade e a qualidade de vida do pet.
